AS CRÍTICAS INÚTEIS
- Taís Luso de Carvalho
Se existe algo doentio no meio em que vivemos são os críticos de plantão: como gostam de baixar o sarrafo! Possuem uma crítica ferina, lançam suas verdades e, muitas vezes, sem fundamento algum. Esta gente se acha no direito de falar tudo o que pensa, pouco importa o sacrifício dos outros. Ver a arrogância de perto é algo muito irritante. Não falo em conselho de amigo, isso é outra coisa.
Essa desgraça de criticar publicamente tudo o que os outros constroem, em nome de uma crítica construtiva, a tal critica para ajudar, acho lamentável. Deve ser sensacional colocar uma criatura pra baixo do tapete, pisar em cima para que ela se reinvente… Deve ser maravilhoso, sem dúvida. Que mal pergunte: por que não falam em particular com a pessoa?
Pois bem... Postei, no meu outro blog, Das Artes, a segunda parte do meu texto sobre Portinari, os momentos finais de sua vida. Optei por mostrar a amargura de um homem diante das críticas; a tristeza de um homem que tinha amor por pintar sua pátria e sua gente. Não incomodava ninguém com o seu trabalho, ou incomodava? Era admirado e querido, mas tentaram destruí-lo, a crítica chamada de profissional e os novatos que trilharam o caminho aberto por Portinari, diziam que ele estaria ultrapassado, era o momento do abstracionismo. Muitos queriam que ele mudasse seu estilo. A inveja é coisa detestável, difícil de aguentar, inspira aversão.
Penso nas pessoas que adoram fazer uma crítica, segundo eles, construtiva. Gente que se coça para amargurar a vida dos outros em nome de seu altruísmo! Em nome do ser grande espírito de solidariedade!
Não sei de onde essa gente tira tanta força a ponto de incomodar um monte. Viver com gente assim por perto é estressante. Há críticos que desmontam, numa bicada, o que muitas pessoas levaram anos para construírem em suas vidas. Não é justo.
Quantos relacionamentos se acabam; quantos empregos se perdem; quantas amizades se desfazem; quantos relacionamentos familiares vão pro brejo; quantos de nossos sonhos não alçam voo por críticas sem fundamento lançadas pelos reformadores do mundo!
Para esses eu digo, peguem no "batente", senhores, pintem uma obra de arte digna de ficar na história; escrevam um poema de primeira linha; escrevam um romance digno de ser lido; um conto, uma crônica; naveguem com Amyr Klink numa noite de tempestade; subam o Everest num dia de inverno; escrevam-se na Fórmula Indy…
Com certeza todos seremos mais felizes!





.jpg)





.jpg)
-001.jpg)


